Obesidade Infantil e Diabetes
Uma nova pesquisa revelou que crianças obesas estão mais propensas a ter diabetes. O resultado apontou que as chances são quatro vezes maiores de desenvolver diabetes tipo 2, aquela que afeta como o corpo processa o açúcar no sangue. O estudo também apontou que a taxa de jovens que desenvolveram a doença na Grã-Bretanha é cinco vezes maior do que era há 20 anos.
Com a crise da obesidade no país piorando, o levantamento mostrou que os jovens gordos apresentam um risco maior de adquirir a diabetes tipo 2 até os 25 anos, em comparação com crianças com um índice de massa corporal (IMC) normal.
Para isso, os pesquisadores do King’s College de Londres analisaram os registros de saúde de 375 pessoas que realizaram cirurgias bariátricas.
Doença aumentou nos últimos anos
Os estudiosos também examinaram as medidas de IMC e registros de diagnóstico de diabetes de 369.362 crianças com idade entre dois e 15 anos de idade.
Entre 1994 e 2013, 645 crianças e adolescentes foram diagnosticados com a doença do tipo 2, de acordo com o estudo publicado no Journal of the Endocrine Society. A condição, que antes era de uma média de seis novos casos a cada 100 mil crianças a cada ano entre 1994 e 1998, para 33 novos casos a cada 100 mil jovens anualmente entre 2009 e 2013.
O autor do estudo Dr. Ali Abbasi falou sobre essa crescente em casos de crianças obesas e como ela já está refletindo no mundo todo. “As estimativas indicam que um em cada 11 adultos tem diabetes tipo 2, equivalente a cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo.”
Considerando que a diabetes e a obesidade podem ser evitadas, principalmente no início da vida, os autores da pesquisa acreditam que esses resultados e os de outras análises possam motivar o público e até as autoridades para investir e se envolver em esforços de prevenção a essas condições.
Diabetes tipo 1
A analise também revelou que 1.318 crianças foram diagnosticadas com diabetes tipo 1 durante o mesmo período, mas não houve ligação com a obesidade.
O estudo foi divulgado após estudiosos de Cleveland Clinic e da Escola de Medicina da Universidade de Nova York descobrirem que a obesidade causa mais mortes do que o ato de fumar.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
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