A hiperglicemia acontece quando há pouca insulina no organismo ou quando o corpo não consegue usá-la apropriadamente. Ela pode ser causada por:
- Dose incorreta de insulina, se você tem o Tipo 1;
- Dificuldade do corpo para utilizar a insulina que está sendo produzida (resistência à insu-lina), no caso do Tipo 2;
- Excesso de alimentação – e carência de exercícios físicos;
- Stress causado por uma doença, como uma gripe;
- Outras fontes de estresse, na família, na escola ou no trabalho;
- O chamado ‘fenômeno do alvorecer’. Todas as pessoas passam por essa condição, te-nham ou não diabetes. É uma onda de hormônios que o corpo produz entre 4h e 5h da manhã, todos os dias, e que provocam uma reação do fígado, com liberação de glicose e preparação do organismo para mais um dia de atividades. O corpo produz menos insulina e mais glucagon (hormônio que aumenta a glicose no sangue), mas as pessoas com dia-betes não têm respostas normais de insulina para regular essa onda, e a glicemia de jejum pode subir consideravelmente. Para evitar essa condição, valem as dicas: jantar no início da noite, fazer uma caminhada leve após o jantar, perguntar ao médico sobre medicamentos específicos ou ajuste do tratamento do diabetes, seja insulina ou outros medicamentos.
Sinais e tratamento da hiperglicemia
A hiperglicemia é a elevação da glicose no sangue, em geral acompanha-se também de altos níveis de açúcar na urina, causando excesso de urina e vontade frequente de urinar e por consequência, aumento da sede.
Uma das formas de baixar a glicose no sangue é fazer exercícios. Entretanto, como já vimos no item Complicações / Cetoacidose diabética, se a taxa de glicose no seu sangue estiver acima de 240 mg/dl, é importante checar os níveis de cetonas, no sangue ou na urinar. Se houver cetonúria (na urina) ou cetonemia (cetonas no sangue), os exercícios não são recomendados, já que podem levar à descompensação metabólica e e fazer a glicose subir ainda mais.
É importante avaliar se a dieta está inadequada. Se os ajustes na alimentação e no programa de exercícios não forem suficientes, é possível alterar a dose dos medicamentos e da insulina, ou ainda a frequência com a qual você os aplica. Uma das principais ações para alcançar bons resultados e evitar o agravamento da hipoglicemia e da hiperglicemia é fazer o automonitoramento das taxas de glicose no sangue.
Medir regularmente a glicose no sangue permite que:
- Você saiba se sua glicose está alta ou baixa em determinado momento;
- Você avalie como seu estilo de vida e a medicação prescrita estão agindo sobre a glicemia;
- A equipe multidisciplinar e seu médico podem decidir, junto com você, as mudanças ne-cessárias para que o nível de glicose no sangue fique sob controle.
- Para aqueles que usam insulinas de ação rápida ou ultrarrápida, permite calcular a dose de insulina de acordo com a quantidade de carboidratos que será ingerida (contagem de carboidratos) e com o valor da glicose na glicemia capilar (na ponta do dedo).
Fonte:
http://www.diabetes.org.br/para-o-publico/hiperglicemia