03 de Abril, 2016
Ainda sobre os repelentes: o uso durante à noite!
Inicialmente, agradecemos os comentários dos associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) a respeito dos repelentes, fato que nos motivou a abordar com mais detalhes a questão do uso noturno desses produtos.
No local da aplicação, o repelente age formando uma “nuvem” de 4cm de espessura e de largura, que impede o contato e a picada do mosquito na pele. O mosquito pode até estar próximo de você, mas essa “nuvem” impede o contato direto e a picada. Por isso, a aplicação deve ser homogênea, em toda a pele, como se estivesse usando um filtro solar. Se o produto for aplicado na face, sua nuca não estará protegida. Se aplicar na coxa, sua perna não estará protegida.
A questão de evitar o uso noturno, debaixo da roupa (pijama, lençol), não é por risco de intoxicação. A roupa sobre o repelente impede a formação dessa “nuvem” e o repelente se torna ineficaz, favorecendo o contato e a picada do mosquito. Os artigos científicos mostram que 40% das picadas dos mosquitos ocorrem sobre a roupa.
Sendo assim, as pessoas que usam repelente à noite e se cobrem com pijamas ou roupas de cama, se tornam mais susceptíveis à picada do mosquito. Além disso, essas pessoas que acreditam estar protegidas, podem negligenciar outras medidas que impedem ou inibem a picada do mosquito: uso de mosquiteiros, telas, ar-condicionado, ventilador e repelentes elétricos.
Se aplicados sobre a roupa, mosquiteiros e telas, forma-se a “nuvem” e os repelentes são úteis.